sábado, 3 de abril de 2010

Cairo II - Khan El Khalili

Passamos o dia todo circulando por esse mercado de ruelas estreitas com milhares de tendas repletas de mercadorias. O assédio aos turistas é insistente e exagerado. Alguém se ofereceu para tirar uma foto sua? Tem que pagar. Alguém começou a falar “gratuitamente” com você? Tem que pagar para o sujeito que se elegeu “seu guia”. Alguém sorriu? Deve dar um gorjeta pela “cortesia”. Lá, nada tem um preço e tudo deve ser negociado e o que inicialmente é interessante e até divertido passa a ficar chato e extremamente cansativo.Entramos em uma tenda de especiarias, comecei a comprar um pouco de tudo e no momento de pagar, um susto com o valor abusivo cobrado. Começou a negociação, o dono da tenda pediu para um funcionário trazer o “Karkadeh” (o tradicional chá de flor de hibiscos), um sinal que a negociação vai longe.
Passou meia hora e nada, uma hora de discussão e nada, eu olhava para a Dani lá sentada com cara de tédio e incômodo, dava mais um gole no Karkadeh, o dono fazia um teatro, eu entrava na dança e fazia o meu e depois de quase duas horas ele me deu dois beijos no rosto, sinal que havíamos fechado negócio!
Para relaxar e recompor as energias, um refrescante chá gelado de hibiscos, kafta, falafel, carneiro, pãozinho árabe (literalmente falando) e algumas mesquitas ao fundo.

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